Qual a corrente filosófica que mais se aproxima da sua sensibilidade?

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

És a minha onda!


Que mais posso dizer,
Alem do que já foi dito?
Só as palavras não ditas,
E não reveladas,
São aquelas que mais forças têm!
E que não as pronunciamos,
São aquelas que não deixamos,
Sair para fora,
E as choramos…
És como uma onda,
Que vai e que vem,
Vens quando te apetece,
E não quando eu quero!
Vens com toda a tua força,
Por cima do mar
E vens espraiar-te,
Estender-te,
À beira mar,
Também sem me molhar!
Beijo-te os pés,
De joelhos na rapidez,
na praia
E no medo de desapareceres,
No receio de me escapares,
Por entre os dedos da mão,
E de novo te vais tão depressa,
Que te não poderei esquecer
Amanha de manha,
De novo na praia,
(numa outra maré)
Para te ter,
Esperar que venhas de novo,
Como a tal onda,
(força da natureza em quem ninguém manda)
Se não o Destino,
Fado ou Deus,
Estou consciente para saber,
Que há ondas,
Que demoram muito Tempo a vir,
E outras que não virão sequer,
Beijar a minha praia….
Ou aquelas por quem esperamos,
Desesperamos,
Em vão…
A vida inteira,
Dor traiçoeira.
Mas como a maré muda,
Nunca morre,
A esperança,
Eu esperarei por ti,
Porque és a minha onda,
Vejo-te vir ao fundo,
Sinto um Amor profundo,
E tenho esperança,
Que tornes novamente,
Ao menos uma vez mais…
À beira-mar
Que eu não terei mais medo,
Nem receio,
Nem angustia,
De me molhar em ti!
Porque és tu a minha onda!
 
José Paulino

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