Qual a corrente filosófica que mais se aproxima da sua sensibilidade?

quinta-feira, 29 de setembro de 2011


O Sentir do Pensar! PARTE II

Embrenho-me pelas vielas;
Vou dar a um beco!
Beco do Pinheiro Chagas!
... Militar por formação,
E Poeta por vocação!
Um gato mija na parede,
Arde um fogareiro,
De sardinhas,
Qualquer pessoas que entre,
Corre o risco,
De ser tomada por intruso,
Qual condomínio fechado de pobres,
Casas de gente humilde,
Poucas com mais de duzentos anos,
Pescadores por imposição,
Da lei,
da vida,
 Da sobrevivênvia,
Olhão!

 Mais à frente a casa,
Onde viveu um ilustre anónimo,
O Matchim,
Que vivia com a sua prostituta,
Que vendia pacotes;
De heroína,
O sub-Mundo;
Daqueles anónimos,
Que não apreciam muito,…
O Mundo!
Mais à frente o Arco,
E a entrada na rua,
Das lojas,
Calcetada,
De forma artística,
Vou subindo embrenhado,
Nos meus pensamentos,
E dou de caras,
Com a casa do Pintor,
O alemão que dava,
Abrigo,
A jovens prostitutas,
Sigo rua das lojas acima,
E chego ao café,
Onde pela primeira vez,
Vi a Sabrina,
Sentada naquela mesa do canto,
Uma alemã de Berlim,
Das portas de Bradenbburg,
Com a qual reparti a vida durante,
Cinco anos!
Olhão!
As pessoas movimentam-se,
Andam na estrada,
Aqui neste stio,
As pessoas ainda existem,
E precedem os automóveis,
As pessoas aqui têm prioridade,
E ai do forasteiro,
Que não o saiba!
Também me lembro do Lucas,
Moço do Liceu,
Inteligente e filósofo,
Que nesse tempo se apaixonou,
Pela nossa jovem professora,
De filosofia,
Eglantina,
Essa cujo nome,
Foi o avõ que lho deu,
-dizia ela-
Ao ler um livro que tinha gostado muito,
Do mesmo nome!
Lucas!
Moço de Olhão,
48 anos!
Morto por Overdose!
Olhão!
Faço inversão,
Volto à ria,
Aos empreendimentos,
Construídos,
Sobre alicerces,
De ganância e lucro,
Da especulação,
Imobiliária,
Aqui morreu de AVC,
Aquele tipo muito conhecido,
Que não era anónimo,
e dos mais ricos da região!
Condomínios dos ricos,
em frente aquela paisagem,
sopra uma aragem,
e no largo da feira,
vagueiam três cães!
O tempo ainda anda lento,
Aqui na minha terra de Olhão!
Subo! subo......
Quando chego ao bairro dos Indíos,
lembro-me,
de como aquelas casas,
foram ocupadas,
pelas familias,
mais humildes,
de entre todas as de olhão,
a seguir à revolução de Abril,
não eram índios,
eram pescadores,
gente sem casa,
sem abrigo.....
Era eu,
pouco mais que
um menino,...
Subo mais um pouco,
avisto o campo do Cassiano,
e dou cem passos,
e estou na casa onde nasci!

Olhão Livre, Vila da Restauração

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