Qual a corrente filosófica que mais se aproxima da sua sensibilidade?

domingo, 14 de novembro de 2010

Soeiro Pereira Gomes! A minha homenagem a um Homem Bom!

Antes de mais os meus agradecimentos à RTP2 e ao programa "Grandes Livros"


NÃO FOI POR TER SIDO OU CHAMADO COMUNISTA MAS SIM PELO SEU LADO DE GRANDE HUMANISTA, A SUA OBRA "ESTEIROS" É DISSO UM DOS  EXEMPLOS


Soeiro nasceu em Gestaçô, concelho de Baião, distrito do Porto.
Viveu em Espinho, dos 6 aos 10 anos de idade, onde recebeu a instrução primária e onde passou o Verão nos primeiros anos da sua vida [1]
Sendo filho de agricultores decidiu estudar na Escola de Regentes Agrícolas de Coimbra, onde tirou o curso de Regente Agrícola, e, quando finalizou os estudos, viajou para Angola onde trabalhou por mais de um ano.
Quando regressou a Portugal, foi habitar em Alhandra, onde vivia o seu sogro, como empregado administrativo na fábrica de cimentos local, onde começou a desenvolver um trabalho de dinamização cultural entre o operariado.
Mas foi o seu trabalho como escritor que o tornou conhecido, sendo considerado um nome grande do realismo socialista em Portugal. Com apenas 20 anos, em 1939, começou a publicar escritos seus no jornal «O Diabo», à época uma publicação progressista que constrastava no panorama cinzento das publicações censuradas pelo fascismo.
Entre os seus trabalhos conta-se a obra Esteiros, publicada em 1941, considerada a sua obra-prima, ilustrada, na sua primeira edição, por Álvaro Cunhal, secretário-geral do PCP, e dedicada «aos filhos dos homens que nunca foram meninos». É uma obra de profunda denúncia da injustiça e da miséria social, que conta a história de um grupo de crianças que desde cedo abandona a escola para trabalhar numa fábrica de tijolos.
Devido à condição de militante comunista, Soeiro passa à clandestinidade em 1945 para evitar a repressão do regime de Salazar e continua a desenvolver o seu trabalho militante. Grande fumador acaba por ser vitima de cancro pulmonar (e não de tuberculose), agravado pelas dificuldades da vida clandestina. Impedido, pela clandestinidade, de receber o tratamento médico que necessitava faleceu a 5 de Dezembro de 1949.
Encontra-se sepultado em Espinho, terra que o acolheu durante a infância. Da sua sepultura consta o seguinte epitáfio "A TUA LUTA FOI DÁDIVA TOTAL"
Obras literárias
  • Esteiros (publicado em 1941)
  • Engrenagem (publicado em 1951)
  • Contos Vermelhos
    • Refúgio perdido (escrito em 1948)
    • O pio dos mochos (escrito em 1945)
    • Mais um herói (escrito em 1949)
  • Contos e crónicas
    • O capataz (escrito em 1935)
    • As crianças da minha rua (publicado, sem título, em 1939)
    • O meu vizinho do lado (publicado, sem título, em 1939)
    • Pesadelo (escrito em 1940)
    • Companheiros de um dia (publicado, sem título, em 1940)
    • O Pástiure (publicado em 1940)
    • Um conto (publicado em 1942)
    • Alguém (publicado em 1942)
    • Breve história de um sábio (escrito em 1943)
    • Estrada do meu destino (sem data)
    • Um caso sem importância (publicado em 1950)
    • Última carta (sem data)

[editar] Documentos políticos

  • Praça de Jorna (escrito em 1946)[2]

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